Rasgue meu peito e jogue fora esses cacos que me perfuram
Esses restos de incerteza
Cacos de um espelho que eu já não reflito mais
Já não me reconheço diante dessa imagem destorcida
Livre-me dessa necessidade de decidir
Você pode fazer isso por mim?
Eu tenho andado de pés avessos
De olhos vendados
E me enganado constantemente
Meu corpo fala a tua língua, só você o entende
Minha boca esta aberta pra dizer, que eu não sei o que quero de você
No fundo até prefiro assim, imprevisível
Teu cheiro tem me perseguido,
Vem atormentar minhas narinas quando resolvo te esquecer
Tenho me empenhado em fazer-me de tola
Estou obtendo bons resultados
Agarrando mais problemas, tentando evitar os passados
Isso é dramático, fútil e irracional, mas é o meu consolo
Como esses lábios gélidos que se encontram em cada esquina
Só fazem ansiar pelos teus
Não sei até onde eu quero chegar, mas se há algo que paira em meu pensamento
Neste momento, é o teu olhar.
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