Minha  manhã   chora

A  chuva  não   é  chuva,   são   lágrimas 

E  o  tempo   não   dá  tempo  pro   tempo 

Os   minutos   são   horas   e  as   horas   dias   inacabados 

Oh espírito !  Ainda  crês  nesse  momento  ateu . . . eu  não  !

A   solidão   companheira   restante . . .  insiste  em  ficar 

Profanando    minha  oração  de  paz  em   termos  humanos 

Oh  coração !  Herói  covarde 

Desbravador de  arabescos  incógnitos

Que  ultrapassa  obstáculos  para  atingir  paixões 

Quando  irá  inspirar  e  conspirar  relações   a  fim

Não  me deixe  isolado   assim  . . .  faz  diferente  !

Mesmo  na divisa  dessas   intenções 

Ah ! O   amor  . . .  que   não  procura  mais  por mim

Favor   fluir  por entre  as  sombras   e   trazer o   foco  de um  lume

Para  que  eu  deixe  de  obscurecer  em   entrecortada  asa

Oh  Deuses !  Me  resgatem   de   ébrios  anseios,  do   começo  ao  fim 

Sem  adversidades   presumidas  ou  premeditadas 

Promova  uma   ressurreição   dentro  de  mim 

Para  que  no  meu  amanhã  deixe   de existir 

tantas  nuvens  sem  sol,  sem  luz  . . .  sem  o  sem  

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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