Candelabro

Sua presença em tons brilhantes
Refletem doce luz sem rumo,
Brincos pendentes do velho candelabro,
Tecem novelos multicolores entre paredes
Encanto inusitado, linhas transversais
Delineando ser e boca, fonte desabitada
Desse nosso desejo errante.
Qual perfeição, nascida do amor encanto
Faz da imagem surda e silenciosa,
Imperfeições da alma, que de longe
Meu corpo na escuridão sofre e clama.
Fuga completa da razão,
Não pude ver-me enquanto vivo,
Teu reflexo cega todo novo caminho,
Voltando a reaprender em teu olhar,
O fincar de uma nova jornada
Carícias custodiando
Pelas curvas da madrugada,
Sonhos de amor sorrateiros,
Um morrer para um despertar...