As gotas de água que agora caem do céu
Formam uma chuva de canivetes
Amolados com tristeza e saudade

Em uma natureza irracional
Onde sou rasgado pela assombrosa tempestade
Meu corpo queima
Quando ligado a mais pura e verdadeira forma

Nesta poesia moderna com um tom arrogante
Conteudo simples e fútil
Vislumbrando algo que não existe

O ar
Você conhece o ar?
O ar
O que seria o ar?

Não sei se explodo ou o que faço
Minha fúria enjaulada pelos desejos
Que controlam minha natureza rudimentar

Desajuste ou ajuste?
O que esperar desse demônio chamado fatalidade
Ou para os mais carinhosos, destino?

A desgraça do homem sempre é construída
Na inocência do cordeiro negro
Que um dia pensou em viver fora do bando

Essas contradições que por mim são declaradas
Espalham um cheiro de morte
Do espírito que me sustenta

Morte?
O que seria morte?
Apenas o fechar dos olhos cansados pela poeira pesada?

A morte ferve nos olhar de cada ser
E sua filha semeada e tratada como rainha
Impulsiona-nos para o sopro congelado

A vida me mata
A morte me sustenta
Em um mundo contraditório.
 

Fabricio Batista
© Todos os direitos reservados