Uma placa enorme,
um lugar habitado por eternas crianças,
onde a comunicação é feita por sempre sinceros olhares,
e os ouvidos apenas apreciam o soprar do vento e o cantar dos pássaros.
A boca só é utilizada para expressar a constante felicidade que ronda este lugar,
e para hidratar milenarmente cada corpo com apenas um gole d’água do pequeno lago,
que mais parece um pedacinho do céu, de tão azul.
Céu que nunca tem nuvens, e é tão baixo que se pode tocar,
e tão azul que não existe azul para comparar.
Aqui o dia nunca acaba e a primavera é a única estação.
Para cada fruto colhido, um novo renasce e jamais estraga.
As narinas o tempo todo fazem lembrar as flores e os frutos.
Flores que não secam e nunca morrem.
O tato, incrível, pode sentir o vento correr na palma da mão.
As pernas das crianças correndo, parecem não conhecer o andar,
pois bailam levemente neste imenso verde, que parecem até nem pisar.
Seres que não se cansam, não se ferem, não dormem e não morem.
Animais e crianças se misturam e se confundem ao brincar.
Nossa, estou me afastando de lá, mas ainda consigo ler uma placa...
“Amor, sentimento que te leva ao paraíso”.
Agora um baralho incômodo , que mais parece o meu alarme. Alarme ?
Seis horas...
...Hora de acordar.
Foi apenas um sonho.

Gregory Barros
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