Tu! Que nunca existiu enquanto semente
Fincou tua raiz, lançando fora o medo
Mesclando à paixão os segredos da mente
Trazendo suas notas ainda bem cedo
Ao canto já feito em outra instância
Depois renovado em tal circunstância
Num lirismo sem asas, permaneço
Nu! E com a graça que a vergonha alcança
Entre soluços, danço em certa calma
No limiar entre o desespero e a esperança
Ante um olhar que me transvalora a alma
Busco um milagre tão presente em mim
Tão esquecido e vago no teu mudo sim
Que no último suspiro, me enalteço
markquerido
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