Quero embriagar-me de você,
Como quem enche a cara de cerveja.
Quero debruçar-me em cima de você
Como um bêbado, que se debruça sobre uma mesa.
 
Quero sentir seu cheiro que exala ao ar,
Como um bom bebedor de cachaça,
Que sabe até a marca da bebida, só de cheirar.
 
Quero comê-la á luz do luar,
Como quem come um petisco no balcão de um bar.
Quero amar-te com extrema paixão,
E saborear-te, como quem saboreia uma batida de limão.
 
Você é como um vinho italiano,
Que fica melhor, ano após ano.
O número de vezes, que já te disse “eu te amo”,
É maior do número de doses, que já bebi, de Cinzano.
Nosso amor não pode entrar pelo cano,
Mas sim, descer suave na garganta, como uma dose de Paizano.
 
Você embebeda de alegria meu coração,
Do mesmo modo que me embebo, tomando inteiro um garrafão.
Vou lhe dar uma prova do amor que lhe tenho,
Entrando em coma alcoólico, tomando 20 litros de pinga de engenho.
 
Quando caio no chão, de tanto beber,
Sinto-me cair em sua cama.
 Quando não posso lhe ter,
Bebo, pensando naquela mulher que me ama.
 
Só irei parar de beber
 No dia em que eu morrer.
Só irei parar de sorrir
No dia em que você partir.
 
Por causa da cirrose, meu fígado está apodrecendo,
Por causa de você, minha vida está florescendo.
No dia em que eu morrer
Quero que você morra comigo,
Para que no céu, a gente possa beber
E eu, eternamente, viver contigo.

Poesia que fala sobre duas grandes paixões: Mulher e Bebida!
Primão
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