LIBERDADE Ó LIBERDADE !

LIBERDADE Ó LIBERDADE !

 
Tenho dó do passarinho
Que não pode fazer seu ninho
No galho da laranjeira
 
Da sua gaiola enfeitada
Canta triste sua vida desgraçada
A pobre ave prisioneira
 
Não haverá no céu um severo tribunal,
Pra julgar o animal racional
Por tratar um indefeso desta maneira?
 
Pobre ave que canta desolada
A sua liberdade cerceada
Sem direito a outra sorte mesmo que queira.
 
Creio que ela deva cantar assim:
Liberdade ó liberdade! Por que tardas sobre mim,
Preferível à má sorte é ter a morte por fim.

Onde está a maior beleza? Está no canto do pássaro cativo ou no que canta liberto! Temos nós os racionais a índole de escravisar? Sim! E quando não tem a quem, escravisamos a nós mesmo. Somos os maiores predadores.

Vendo um grupo de escravocratas de passaros.