Vestida de branco
Carrego em minhas mãos uma flor
Que hoje, despetalada, jogo ao mar
E rezo para que as ondas
A levem para bem longe
Para que possa se recompor
Num lugar onde exista a paz procurada
Aonde ela possa criar raiz e sobreviver
Bem longe daqui
Vestida de branco
Dou de ombros para tudo
Espero não mais lembrar
De cenas que me envergonharam
De ser mulher
Busco o ser que eu era
A paz que eu tinha
O sorriso que me custa voltar
Hoje subo num palco sem plateia
E ouço os aplausos do meu inconsciente

Sempre com orgulho de quem sou

Mas sigo desconfiada
Porém de alma lavada
Vestida com o branco das ‘nuvens’
Que armazenam tudo o que preciso.
Internet...

KARLA SKARINE
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