Caro poeta, no (ápice) da minha consciência fecho os meus olhos e me dou por morto. Parece loucura, mas posso lhe garantir que não é; transcendo os limites entre a compreensão do que é real e, o que de fato pode ser chamado de catalepsia. Neste suposto “transe” posso sentir o (bafo) quente dos meus entes querido pulverizando minha face e a hipocrisia dos meus inimigos me chamando de santo. Fico incomodado com o perfume das flores brancas denominadas de (cravos de defunto), então entre todo aquele sofrimento daqueles que eu amo e a morbidez dos curiosos eu recobro os sentidos e me componho novamente. O seu conto eu diria, é uma replica perfeita dos momentos que antecederam a passagem do meu velho pai deste mundo para o repouso eterno. Lendo o seu conto não pude conter uma lagrima que me fez lembrar do exato momento que o meu pai (tranqüilamente) deu o seu ultimo suspiro e descansou em paz.
Parabéns por este maravilhoso conto.
J.A.Botacini.
Zezinho.