À janela dos olhos do mundo
Vejo-te passar, Debruçado
No parapeito das quimeras
Levas em tua alma serena as primaveras
E no peito os sonhos mais profundos
 
Levas em teu olhar
O céu, o mar, o amanhecer
Suportas em teu regaço o universo
Nascente eterna de tudo quanto é belo
Tu és fonte de vida nascente
Num coração grande de mulher
 
Eternamente seja bendito o teu olhar
Guerreira esculpida da coragem
Para sempre benditos os que te amarem
Nas horas de dor, de sorrir e de chorar
 
O teu encanto não morre
É eterno como as estrelas
O teu amor não tem fim
És a mãe do infinito
És a razão destas páginas bordadas
Adorno deste meu livro
És a razão dos meus versos
Fonte jorrante de alvoradas
 
És o mundo que nasceu
E o mundo que há-de partir
Deslumbre de quem te olha
A razão de todo o ser
És tudo o que o universo
Sem ti jamais lograria ser
Porque o mundo…
És tu mulher
 
                                                           Simão Rodrigues
reservados direitos de autor        palavrasdosilencio

 

Simão
© Todos os direitos reservados