Faz um certo tempo que eu não lhe chamo
Ironia, filha do desprezo!
Adormecida nos tempos em que não falei por mim mesmo
Tempo em que não via pelos meus olhos tensos
A nao ser o dúbil ofuscante e sem tempero
Faz um certo tempo que não lhe admiro
Arrogância, explodindo contra o peito!
Indignada e abafada pela tonalidade
Da aparência pura no decorrer da idade
Pelas palavras amargas e sem cheiro
Faz um certo tempo que não lhe escuto
Rebeldia, em seus gritos cortantes!
Longe daqui mas presente enquanto dor
Como marca de tempo em compasso interior
Dissimulada em meus pensamentos vibrantes
E, sim, faz bastante, bastante tempo
Não mais.
markquerido
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