SOB O CRIVO DO LUAR

Sob o crivo do luar

Vem a onda a se enamorar

Da vasta areia da praia.

De inopino, se arrepende,

Volve ao mar e não se rende;

Mas de saudade desmaia...

 

No alborecer, sol ardente,

Jaz no manto reluzente

Das águas, que estua e incendeia...

Mas, basta a lua surgir,

Põe-se no mar a bramir

Querendo o colo da areia!

Luiz Carlos
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