Vejo inúmeras crianças, se elas estão
Correndo são como beija-flores!
Em alguns olhos sinto o cheiro de pedra
Em cada rosto a marca forçada do riso
E centenas de catedrais.
Então me sinto de ferro
Em mim há oásis, e perfumes
E descontentes brasas
Negra canção, tém gosto de verso a descer o rio.
As águias escusas esbanjam Cáceres marrons.
Sobre insuportáveis rimas cinzentas
Os semitons agrestes cansado da poeira e cais, a ponta para
Fênix que me acaricia o rosto.
Transbordo em chuvas e penso em uma estrada para seguir.
A saudade este cravo azul envia-me vaidosa lembrança
De algo tão bom mais que desconheço
Embrulho-me ao jovem jornal esquecido
No sal da rua,
Se estão com tédio!
Abrem-se tímidas bocas
A corrente destila o veneno
O corpo carente de água da chuva.
Abre o armário e lá estão sento e dez mil
Crianças escuras comendo vorazmente
O ultimo piano de marfim.

Boca da Mata
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