A chata da poesia

Com seu rococó pós-moderno

Que sofria de sei-la-o-que
Somente escrevendo conseguia entender
Um pouco do sentimento
Que humilhava a troco de nada
Chorava na madrugada
Por saudades do que não viveu
Pois nunca passou de ninguém
Puta, brega, rampeira
Feia, doente, estrangeira
O que ela chama de “amor”?
Talvez seja falta do que fazer.

 

KARLA SKARINE
© Todos os direitos reservados