Há que sardade do Brejo,
sardade do vô daberto,
do açude do cajueiro,
do riacho correndo o dia inteiro,
do perzinho de seringuela,
cajú tinha de fartura.
todo tipo de frutas
tinha na nossa cutura:

tinha manga,
tinha também araçar.
todo tipo de planta
tinha naquele lugar.
pião roxo, aveloz,
mastruz, muçamber
e tudo que é raiz
pra fazer chá pra você.

Sardade do velho brejo,
isso será minha sina.
muitas pessoas se foram,
a minha querida Jercina,
seu Nego e Jaboatão.
bobinho, lessi e segredo,
esses eram nossos cães,

quem passava tinha medo.

Minha família feliz,
deles falo com amor,
minha Vó Nilda,
com Vovô se casou.
Tiveram muitos filhos
mas, só 4 se criaram.
foram logo estudar,
e só 2 se formaram.


Zezinha mora no Rio,
de Janeiro a Janeiro faz visíta,
essa tem mas saudade que eu,
daquelas coisas bonitas.
Seus filhos, Matheus e Thiago,
seu esposo Manoel,
quando chegam no Brejo

parece que tão no Céu.

Tenho também outra tia,
que se chama Sivirina,
ela teve 2 filhos,
o Sandro e a Sabrina.
Há que sardade do meu tio,
que Deus levou pra sí,
brincava e me aconselhava
era gostoso de ouvir.
Há Eriberto se o tempo podesse voltar
deixaria tu no Brejo,
pra nunca mas sair de lar.

Vou falar de uma pessoa,
pra mim muito espicial,
dos meus tios é madrinha,
uma madrinha sem igual.
Me deu dois irmãos maravilhosos,
primeiro veio Leandro,
depois veio Dejinane,
eu, o chodor da mamãe,
o mais novo não se engane.

Não podia esquecer:
da Tereza e do Tito,
ajudando no brejo veio
na casa e nos serviços.
Vou ficando por aqui,
a sardade essa, não;
pois o coração querido
não esquece filiação.
Beijos de um poeta
que não sabe escrever,
tenho certesa que entendes
o que expus a você.

Ass. Eule Ferreira.

Eule Silva Ferreira
© Todos os direitos reservados