O que ainda Sou....


Sobrevivo algum tempo sem ser vento de outono
Que faz viração nas sensações humanas
 
Sobrevivo sem ser Mar que a cada onda
Leva e traz a alegria do teu olhar
 
Sobrevivo sem ser Lua que sequestra os desejos
Da tua alma nua... nua, distante e pura.
 
Sobrevivo a invernos e verões
Sem o pão, sem o vinho...
 
Arranca-me de súbito tudo que tenho
Leva-me... devora-me tudo que sou
 
Porém, quero e preciso somente Teu riso
Para continuar sendo o que ainda Sou.

Vento de outono
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