Tava escrito no out door,
Em branco, preto e vermelho,
No trevo Margaridas,
Escancarada a dor
De Ivan, o Quixote da baixada,
P`ra Dulcinéa, a amada:
“As vezes as palavras falam
O que não queremos dizer,
Acredito que desse amor,
Muito nós vamos viver.
Melhor mesmo é não deixar
O tempo, inimigo, passar”.
Moinho de vento, o tempo,
Que por função tudo apaga,
Periga a paixão do Quixote
Que do out door “Rocinante”
Empunha da dor, a espada.
Olha só quanta vontade,
Na paixão desse Quixote,
Expondo na Via Dutra,
Seus desejos, sua saudade,
A história de sua vida,
Sua tábua de salvação,
Fazendo do out door
Retrato do coração.
Velho do Rio
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