Dom Quixote e Dulcinéa no Trevo das Margaridas. 1998

Tava escrito no out door,
 Em branco, preto e vermelho,
 No trevo Margaridas,  
 Escancarada a dor
 De Ivan, o Quixote da baixada,
 P`ra Dulcinéa, a amada:
“As vezes as palavras falam
 O que não queremos dizer,
 Acredito que desse amor,
 Muito nós vamos viver.
 Melhor mesmo é não deixar
 O tempo, inimigo, passar”.
Moinho de vento, o tempo,
Que por função tudo apaga,
Periga a paixão do Quixote
Que do out door “Rocinante”
Empunha da dor, a espada.
Olha só quanta vontade,
Na paixão desse Quixote,
Expondo na Via Dutra,
Seus desejos, sua saudade,
A história de sua vida,
Sua tábua de salvação,
Fazendo do out door
Retrato do coração.
 

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