no palco, a verdade,
a representação real
da vida fingida
amarga, disfarçada
do dia a dia
sob refletores
encarnando outros
sente-se absolvido
da falta de motivos
da própria existência
nos ecos dos aplausos
a vitalidade efêmera
de um Ser abatido
sem encontrar-se consigo
em nada vendo sentido
expressando conflitos alheios
expurga seu próprio azedume
curtindo o fel de outros entes
no choro das personagens
lágrimas de suas próprias dores...
Licença
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