Sonhos II (Cruzada de Verão)

O “alguém sem raça”,
tornou-se um mais,
dentro do grilhão de fétidas lamentações.
Se fez imundo por descobrir ser um parasita insolente.
 
No verão escaldante,
seu coração se faz tão triste e frio,
quanto uma sangrenta e tortuosa batalha de inverno.
E agora é ele que agoniza para leitor, os ditos ao léu.
 
O castigo dos pobres de alma,
chegou ao fardo duro da visão do inferno.
O que era mundo, ou o que ele se tornava,
virou inferno fundo.
 
Das profundezas de qualquer coisa,
chegamos ao ponto inicial,
o ponto em que sabemos o quanto se vale este escritor.
Nada! – é a resposta mais correta ao ciclo óbvio da vida.
 
Seus ditos julgamentos,
seus rotulados ditos,
ou sua visão correta,
encontraram ele mesmo.
 
E agora ele sabe qual é seu erro,
qual é seu castigo,
qual é seu fardo...
Qual é seu começo de caminho.
 
Mas o que é lamentável,
é saber que o crescimento depende de sacrifícios,
que nunca deixarão de ser feitos,
para o bem do que rege pensamentos que desenvolvem esta escrita.
 
E como na última batalha desta saga,
digo-lhe, maldito leitor,
que hoje me entendo tão maldito quanto tu!
Hoje sinto a irá do meu dom...

 

Jonathan Cunha
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