Auto Alegria Contemplativa , Ou tudo é o que é.

Auto Alegria Contemplativa , Ou tudo é o que é.

 




A missão de minha oração
Completou o seu destino:
Vejo-a ao lado de um menino,
E ela me parece bem feliz.
E quem diz que amor
É sentimento que aprisiona,
Não entende o quanto amo Fiona,
E, por isso, diz tantas bobagens.


E, só te digo meu amigo:
Vendo-a entre tantas paisagens,
Incomodava-me imaginar
Ter sido o vetor de sua -aparente- solidão.
Quis dar-lhe a mão,
Mas intimamente sabia
Que um afago não bastaria,
Se nossa estória parecia exigir
Um final feliz...


Admito, meu amigo:
E realmente quis ter podido viver aquela vida com ela,
Acordar , de manhã cedo, e abrir a janela
E deixar o sol emoldurar o seu corpo nu.
Quis ter feito nossas refeições, abdicar de outros corpos e senões,
E -por que não?- amá-la além do tempo.


Mas, como sabes, amigo, há sempre o vento...
Este mesmo que sopra o feno para longe,
E que sempre fez a ponte
Entre o que de atemporal existiu,
E os hiatos que nenhum dos dois admitiu
Enquanto
O filme não acabava de vez.


Contemplo-a ...
Pode parecer insensatez
Amar definitivamente essa mulher.
Mas te garanto, amigo:
Não é .

Ogro da Fiona
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