Abrigo

Como andam as coisas? As coisas desandam.
Na certeza de que a demora prevalece
Como um furacão na minha vida: repentina e espontânea.
Uma loucura com juízo, sem a avareza de colocar os pés no chão.

Que maravilha que é o entardecer de uma manhã que passou sem dia.
No maduro do carinho, a gentileza é amar no singular momento
Que nos obriga a estar no abrigo das nossas emoções,
Mas, e, também, no confuso sentimento de olhar para si mesmo.

Fugi, Fugi... Com vontade de ir sem rumo,
Nesse momento acasalado com os ventos,
E no abraçar de uma respiração sem fôlego.

Encontrei, Encontrei... Mas não desisti!
No alvorecer de um achado perpétuo
Que me estimula do reflexo ao persistir.

 

Imagem: Google
Carl Dahre
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