* Cinzas da Alma * ?(soneto)

A insónia emoldurando uma alma astral.
Erguem-se sons surdina sobre os espólios de dor
Ostentam frustes luzes em silêncio total
Conteplando o medo, as vozes sem cor.
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Tudo ensanguenta-se em oceanos de veêmencia
Todo esse universo meu que refugia-se no dessabor
Ao sacrifício que eternizo a minha existência
Passam-se horas seculares e o amor sem valor.
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O pódio remoe-se ermo de puritanismos heróicos
Negrumes mais escuros que o preto içam-se
E o ódio sem medo ergue-se em tronos eróticos
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E resume-se a vida a um mórbido sonho incapaz
Percorro desprazeres insolitos que à medula fixam-se
A um termómetro incerido no espaço voraz.