Comer, rezar, amar

Comer, rezar, amar

Por que Comer, rezar, amar, de Elizabeth Gilbert, é best seller, com mais de 4 milhões de exemplares vendidos?
 
Essa pergunta martela na minha cabeça depois de ver o filme e ler o livro. Aliás, vi o filme antes de ler o livro, o que geralmente não faço, se vejo o filme antes, não leio o livro. Mas, movida pela curiosidade, como não gostei muito do filme, fui conferir o livro, que, segundo a autora, foi dividido em 108 capítulos, porque Nos círculos mais esotéricos de filósofos orientais, o número 108 é considerado muito auspicioso (me lembrei de um jargão de novela... qual?...), um perfeito múltiplo de três [...]. Até aí tudo bem. Aprendi alguma coisa, que, provavelmente alguém entendido em numerologia me teria informado.
 
Nada na narrativa da autora me prendeu. Uma narrativa comum, inexpressiva, lenta, não fluía, quando eu interrompia a leitura, não tinha ímpeto de continuá-la, como é meu costume, quando o autor me cativa. Talvez seja isto, Elizabeth Gilbert não me cativou. Sua história, sim. Uma mulher que teve a ousadia de romper com os grilhões que a aprisionavam, que não lhe permitiam viver, e sair em busca da liberdade! Faço-lhe reverência. Curvo-me à sua coragem. Palmas para ela. Quantas pessoas fazem isso?
 
Também reconheço que ela escreveu sua experiência com ingredientes saborosos, que atraem: prazer (comer), espiritualidade (rezar) e uma história de amor (amar) e ainda por cima desenrolados em ambientes que atiçam o imaginário de qualquer um: Itália, Índia e Indonésia.
 
Entretanto, não me deslumbrei com descrições de lugares paradisíacos (se é que houve), devem existir muitos nestes países, também no filme não me deparei com fotos de tirar o fôlego.
 
Realmente, eu não sei o que tem este livro para ter sido considerado um dos melhores livros de 2006 pelo New York Times.
 
Respeito a opinião dos que de mim discordam, mas Comer, rezar, amar não me fascinou, o que sinto em relação a ele é isto: se li, tudo bem, mas, se não lesse, nada teria perdido.
 
Imagem: Google
 
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Mardilê Friedrich Fabre
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