Tempo

Era uma vez uma vez que não existiu...
Ou um divino delírio com diversas afinidades?
Vagamo-nos no passado das memórias deste dia,
Enquanto queremos pensar no futuro da infinidade.

O que nos resta nos anseios deste presente?
Reconhecermos que o tempo é uma medida mutável,
Onde nos desintegramos para o eterno agora,
E que possamos estar aqui, mas em vários lugares.

Não podemos ter certezas do futuro que nos devora
Se as mesmas incertezas prevalecem no passado.
Assim conseguimos olhar para o tempo que nos incorpora:

Das lembranças aos compromissos que nos comprometerão,
De estar diante de nós mesmos no estar do aqui e agora,
E no despertar de ser hoje o que seremos no inevitável amanhã.

Imagem: Google
Carl Dahre
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