Pedido ao cometa
 
A noite chega já ouço a lua
Brilhante e nua tocando o céu,
Astro que a noite a revela
Linda pérola pura como o véu.
 
Ao admirá-la surge um cometa
Bebê de proveta que logo aparece.
E com a cabeça prostada joelhos pendidos
Fico pedindo que ouça minha prece.
 
Amigo da noite que passa distante
Ouça nesse instante minha grande aflição,
Pessoas com sarcasmo profundo
Vieram ao mundo estropiar a nação.
 
As lutas as guerras às batalhas
São fornalhas na mata distinta,
Por toda parte pessoas correndo
Outras temendo a morte que não finda.
 
Uma criança ou um simples filho
Com o dedo no gatilho não teve sorte,
Um garoto no arbusto antes mimado
Agora espantado se esconde da morte.
 
Eis que um vulto passa correndo
E ele tremendo começa a atirar,
Triste com o que tinha feito
Bate no peito a vontade de chorar.
 
Vendo aquele corpo caído no chão
Sente então a dor de um ferido,
Alguém deitado sem esperança
Faz a lembrança de um ente querido.
 
Em seu rosto inocente já não se vê graça
E no meio da praça ele se repõe,
O corpo que estava sofrendo
E aos poucos morrendo era sua mãe.
 
Coisas assim são cotidianas
Pois a raça humana destrói o mundo,
Agora que nada mais resta
Venho por meio desta pedir-lhe um segundo.
 
Sei astro que está longe
E és como um conde sem ter amigos,
Mas grito por entre está fenda
E peço que atenda a um único pedido.
 
Neste mundo em meio a horrores
Ouvindo os clamores aqui na terra,
Que acabe as lutas que cessem os gemidos
E que os próximos ruídos não sejam de GUERRA!!!

Jeff Walbrink
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