O cavalo é Momento,
o cavaleiro é Eu.
Momento jamais se perdeu,
mas Eu tem seus tormentos!


Momento é tão leve
que Eu nunca se atreve
a frear seus galopes.


Não entende a beleza,
porém, dessa Leveza,
que encanta, sendo golpes.


Momento, na sua destreza,
engana seu montador,
que sofre uma dor,
destruidora tristeza.


Essa dor, que a sente
na forma de um prazer
e assim, sem se atrever


a tentar frear Momento,
no próprio ausente
de si, seu leve tormento!