A voz pausada meiga e quente
a entrar no coração da gente
como a chuva no plantio
e o teu cabelo macio
no meu ombro pequenino...
E teus olhos vãos perdidos
na distância do acaso divididos
no meu olhar, nos meus sonhos
mundo de olhos tamanhos!
Por que ainda que eu vivo
se amanheço sem teu riso?
Por que também não fui num tempo nosso?
Quem me dera rir contigo, mas não posso!
Agora...és nuvem e paisagem
és as poesias que eu faço.
Terra.Sonho. Aragem que em lágrimas desfaço.
Elisabeth Camargo Martello
© Todos os direitos reservados
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