A CIGANA SE ENGANOU

A CIGANA SE ENGANOU

Estranho vaticínio sobre o meu futuro,
Fez-me um dia uma cigana.
Disse-me ela embora eu não acreditasse, eu juro!
Que minha vida seria ufana.
 
Em que poderia eu ter destaque?
Sou um tipo comum sem nada de especial...
Esportivamente não sou em nada um craque...
Nem com vocação para ser artista de sucesso nacional...
 
Bonito não sou tenho espelho para me mirar...
Não tenho sorte no jogo e muito menos no amor...
De que então da minha vida alguém ou eu se orgulhar,
Se em meu caminho só tenho encontrado espinho e dor.
 
Qual errou a cigana ao ler minha mão!
Talvez se confundisse com ufana e insana...
Por sorte minha não cri na previsão,
E vou vivendo com simplicidade, e já é bacana!
 
Contento-me com o que tenho...
Estou satisfeito com o que sou...
Para superar meus dias eu me empenho
E mais nada espero, a cigana se enganou! 
 

Àquele que crê sonha. Sonha porque acredita na esperança e daí, na felicidade. Sonhar é o que faz a vida ser suportável e nos leva para frente sonhando com dias mais faustos. Se despirmos a vida do manto da esperança não teremos sonhos! Então o que faremos da vida vazia e fria, será um fardo pesado demais para suportarmos o peso, nossa existência não pode ser tão insignificante para ater-se a dois extremos; nascer e morrer!