Nunca mais virás a mim
com o olhar machucado de desejo
tendo nos lábios o sorriso preso,
tendo nas veias o sabor de sal.
Fazendo amarras desses braços
tornando meu e também teu o mesmo passo
olhando a brisa no corpo das flores
e me apertando cheio de temores
ante o amanhecer...
Nunca mais virás a mim
com teus horizontes de sonhos
com teus castelos medonhos
por não conter tanto amor...
E essas tuas mãos atrevidas
parecem desconhecidas
pobres, soltas e esquecidas
nesse adeus, porto de dor.
Elisabeth Camargo Martello
© Todos os direitos reservados
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