El paraguas - O guarda-chuva

Debajo de la salpicadura de los carros
en un húmedo rincón
mutilado y escondido
yace el paraguas rendido
por dentro y por fuera mojado.
El que antes protegió lo dejo humillado
¡lanzado!… por aquel brazo amado

Vigilante amigo
querido y olvidado
que con tus anchos hombros
cubriste al egoísta hombre
te veo en la calle solitaria
sucio, vacío y sin brío
soñando morir lejos del frio

Agonizante amigo
tus metálicos brazos empiezan a temblar
te escucho, te miro
poco a poco, con paciencia y trabajo
tus brazos deformes comienzo a unir
y cuando te sacudo, un poco cabizbajo
¡vuelves a resurgir!

Así, juntos, con coqueteo
comenzamos a caminar
llegamos a casa y  te cuchicheo
prometo nunca tirarte ni olvidarte.
Giro, pero siento… alguien me llamar
gotas de lluvia te veo derramar
¡Es como si comenzaras a llorar!


---------------------------------------

Embaixo da salpicadura das carros
num húmido rincão
mutilado e escondido
jaz o guarda-chuva rendido
por dentro e por fora molhado.
O que dantes protegeu o deixo humilhado
¡lançado!… por aquele braço amado.

Vigilante amigo
querido e esquecido
que com teus largos ombros
cobres ao egoísta homem
te vejo aí na rua solitária
sujo, vazio e sem brio
sonhando morrer longe do frio

Agonizante amigo
teus metálicos braços começam a tremer
escuto-te, olho-te
pouco a pouco, com paciência e trabalho
teus braços deformes começo a unir
e quando te sacudo, um pouco cabisbaixo
¡voltas a ressurgir!

Assim, juntos, com coqueteio
começamos a caminhar
chegamos a casa e  te cochicho
prometo nunca te atirar nem te esquecer.
Giro, mas sento… alguém me chamar
gotas de chuva te vejo derramar
¡É como se começasses a chorar!

Carlos Humberto
© Todos os direitos reservados