E depois

 
                12/08/2005
 
Houve um beijo, apenas,
nem prantos ou palavras...
somente silêncio, nem um ai.
Um beijo de carícias,
ternuras e abraços.
 
E assim um trem partia,
na férrea estrada sumia...
A distância presente,
na imensidão que sentia
saudade e nada mais...
 
Depois chegou pranto
Sem pressa, o desencanto.
Alegria também partiu,
sem dizer adeus...
 
De manhã, apressada,
a dor tomou-me a mão
E saímos a caminhar
na rua gelada...

 

É uma poesia antiga.
Retrata uma lembrança.
Embora use tempos verbais distintos na mesma poesia,
mas foi pra reforçar aquela lembrança brumosa, enfumaçada
que o tempo faz com a mente, diminuindo um pouco
a saudade que sentimos, na despedida.