Minha poesia, meu teatro.

 
Minhas poesias não são feitas de fases
São feitas de histórias que meus sentimentos contam
São feitas com personagens de mil e uma faces
E que apenas em um corpo, o meu, se encontram
 
Cada qual tem sua deixa, seus punhados de frases,
E abandonam o palco sempre que abalam
As estruturas da minha (até então) segura base
E as vozes da platéia, subitamente, se calam
 
Esperando o próximo ato antes que se atrasem
Para suas carruagens que à rua aguardam
Não que seus cocheiros pouco se arrasem
 
Mas há pressa, muita pressa que partam,
A princesa e o príncipe que se casem,
Um final feliz para sempre, e os atores que se curvem.