É num pedaço de um laço de um maço de cigarro,

Onde amarro a saída da vida já ida,

seguida da peste, do leste,

Que veste de azul este céu, este mar ...

 

É num corpo de vidro onde durmo acordado,

De pé ou deitado, pensando na noite, passada sozinho,

Vestida de prata é só imaginar ...

 

Esquecendo o cansaço de um dia já ido,

É deitar o palhaço e deixá-lo dormindo,

ouvindo o barulho do tempo,

com um pedaço de um laço, de um maço já ido ...

 

É no sufoco do osso do cão já latindo,

Pedindo socorro, evitando o perigo,

Correndo, parado, assustado, 

procurando com esforço um osso, ruído, lambido, mordido,

amarrado de um lado com o pedaço do laço do maço da vida, saída, já ida,

Vestida de prata e pedindo socorro.
 

Marco Fabrino
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