Quando, quem sabe, forem meus sorrisos pranto

E já, em meu tudo, nada houver de teus encantos

Quando o pó de tua sombra tiver meu coração varrido

E o som de tua voz não mais zumbir em meus ouvidos

 

Então, como se em vão nada houvesse sido

Talvez me façam, eu te amos, novamente sentido,

Outros olhos, quiçá, de novo me olhem de olhares

E volte eu, então, ao meu plural, aos meus milhares

 

De que, então, me valem, lógica e raciocínio,

Se sem ti viro bicho, não penso,

Se nada faço sem teu domínio?

 

Nascerá, pois, sem ti, meu dia,

Se nada sinto ou sou longe de teus lábios,

Se se apagou a chama que outrora em mim ardia?

 

Mylena Perez

Mylena Perez
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