AMOR EM DESCONCEITO

 

 

Sangras em dor com este vil punhal o peito,
Fazes com isto meu vidrento coração chorar,
Tantas foram as mágoas que não tive jeito...
Horizonte de maldades! Não te quero olhar! 

Tens pelo amor o teu repulsivo desconceito,
Próprio das mulheres que não sabem amar,
Quando me escolheste, foi eu o teu eleito
Dentre os tantos que te queriam conquistar. 

Hoje só me resta a dolência deste atro feito,
Um romance que não quero mais lembrar,
Sou um homem feliz que agora está refeito, 

Dos tantos enfaros que jamais pude evitar.
História de vida que não foi um desproveito,
Dos sonhos com outra já espero encontrar. 

Rivadávia Leite