Poesia sobre os estúpidos




Poema sobre os estúpidos
« em: Hoje às 15:51:19 »

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Resolvi fazer um poema sobre os estúpidos,
que, em grupo,
formam a estupidez,
e ver se entre eles há algum português!

Procurei entre religiosos,
mas só encontrei inteligentes,
criadores de deuses,
para salvar o mundo e os crentes!
nunca são estúpidos nem hipócritas,
apenas piedosos!

Procurei enre os políticos,
mas só encontrei inteligentes,
que bem governam indigentes,
nunca são estúpidos,
nem de si críticos,
mas oníricos!

Procurei estúpidos entre doutores,
mas não os encontrei,
são todos inteligentes; ´
doutores; uns senhores,
nunca são estúpidos,
mas sábios sabedores!

Procurei estúpidos entre feirantes,
homens de finos tratos vários,
bons técnicos de contas,
fazendo dos outros otários,
enfim, inteligentes e bons tratantes
e bem falantes!
nunca são estúpidos,
só bons negociantes!


Procurei estúpidos entre mendigos,
não os encontrei,
só encontrei muitos inteligentes,
muito sabidos!
nunca são estúpidos,
porque de inteligência  bem providos!

Procurei entre desempregados,
esses são dos mais inteligentes.
e crentes;
crêem que o trabalho é coisa do passado!
bom é ganhar subsidiado e estra parado!

Procurei estúpidos entre juízes!
Oh não!
Juíz é coisa sagrada,
estupidez entre eles só pode dar piada!
nunca há estupidez em cada sentença dada
e até peta de seu nariz deve ser respeitada!

Procurei estúpidos entre poetas,
esses nunca estão cá,
estão sempre para lá da Lua
a sua estupidez não se vê,
mas que os há há,
e são os únicos que se riem
quando vêem a estupidez nua no mundo,
e riem de quem não a encontra!

Que disfarçada a estupidez bem está,
entre religiosos,
entre povos,
entre políticos,
entre doutores,
entre feirantes,
entre mendigos,
e se o mundo está como está,
é sempre obra de inteligentes,
porque estúpidos no Mundo não há!

Claro que não há regra sem excepção,
e o único estúpido posso ser eu,
enquanto não houver outro
que me chame inteligente!

Entretanto,
sem estupidez,
sem hipocrisia,
o Mundo segue em frente!

Isto era para ser um poema sobre os estúpidos,
como não os encontrei,
fica assim mesmo,
estúpido!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

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Silvino Taveira Machado Figueiredo
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