'Até ao ínfimo dos tempos, Felizes para sempre'

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Madrugada perfumada com o aroma de mortes
Sobre a cheia lua e estrelas cintilantes
A hora dos lobos, uivar amedrontador
E a chuva que miudinha tomba humidecendo o meu amor.
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Meus olhos fitam os seus em lágrimas.
Com um triste e esfumado sorriso, procuro disfarça-las
Oiço-te gritando, seus inaudíveis gritos de dor
Seu trémolo e pálido corpo, de nada convem ocultar seu pavor
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Amparo-te em meus gelados braços
Sobre o céu sombrio, morcegos esvoassam silenciosos
O Lúcifer, sóbrio, pessoalmente incumbiu-se de vigiar
São nossas jovens almas ébrias em pérfidos lugares a caminhar.
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A tristeza e o medo já presentes estão para apadrinhar.
Venha morte até nós o nosso casamento abençoar
Liberta-nos deste amargo sofrimento
Arranca-nos deste sanguinário tormento
Deste crudelíssimo paraíso que é a vida.
Se nem infeliz com o meu amor vivo, então que feliz a morte nos levi, tristes, ao seu leito.
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Chore meu coração, chore lágrimas de sangue comigo
Quando de lágrimas e sangue se completar o nosso lago
Vamos nele juntos nadar ate afogar.
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Nossos olhos em silenciosos choros e com um triste sorrir adormecemos
Juntos para toda a eternidade nos pertencemos
Agora sim, até ao ínfimo dos tempos, felizes sempre seremos
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¤ Não temas o escuro. Quando não houver mais luz, eu serei sua sombra ¤
O_crime_perfeito
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