Olho fixo na parede
louco vejo tuas curvas
é um teatro grego
penso em ir ao absurdo abismo
e cada vez que me encontro
eu me perco.
tua mússica toca
no telhado
os pássaros tomam banho
na fogueira
e na parede ainda tua doce e nua
compania
tomo um vinho
outro vinho
e ainda estas fixa na parede
vejo teu corpo nu
gritas um sorriso leve
em chamas me chama
eu sou fogo
e chego ao abismo.
eu me encontro e me perco
em teus cabelos, na fotografia.
Boca da Mata
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