Interdito

No ventar de teus ódios ,
Jasmins e alfazemas de meus campos
Se deliciaram com a proximidade de teus medos,
De teu interdito , de teu prazer fluido.
Teu choro como orvalho ,
Escorreram como lágrimas por seus caules
Cuja base é a terra ,
Que sustenta quando te fecundo e abraço.
E na memória dos campos e flores ,
Delineastes teu peso e medida,
Numa geometria sagrada e profana ,
Fazendo-se minha,
Mesmo nas mudanças das estações.
Pois ser minha é ser amada ,
Pelo mesmo vento ,
Que vencido ódio ,
Faz flutuar pólen da vida,
Sêmen puro que com indelével toque ,
Entra pelas narinas e nos embriagam
Nesse mistério natural
De nosso antigo e complexo amor.