Com a voz presa na censura da opressão
Calo os meus versos em que a identidade
É perdida no escuro de qualquer porão
Tatuada pelas mãos rudes da hostilidade
 
Ao corpo despido que agoniza pelo chão
Por defender em ruas, a sua paz e liberdade
Quando o seu grito ecoa na direção
Ao ditado do poder de insanidade
 
Exilando a poesia pelo abuso do fascismo
Pelo medo que a rima silencie a tua voz
Tornando a tua estrela, os olhos do meu algoz
 
 
Que ao cárcere algema todo o romantismo
Do filho que não foge a luta, é feroz...
Aos atos e palavras de qualquer atroz

Murilo Celani Servo
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