Hoje Apetece-me não fazer nada!...
E do nada surgir com um poema sobre o "Nada",
Recitar como quem Nada num mar de palavras, o verso em tom inverso
Por entre os lenções, sobre o sofá estendido ou no chão nu
E cruelmente indiferente rejeitar o dia e esperar pelo outro que amanhã virá
Há quem o diga...

Que poema preguiçoso este?,
de quem está a leste
Cheio de Nada que preste
Fragmento cinzento presto a terminar escurece...


 

Sérgio L. S. Fonseca
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