* Na hora zero *

Na hora zero
não me fustigará
o sol do meio-dia
não se inclinará
o corpo
ao cansaço das horas
não verei os vincos da dor
ou o espinho da injustiça
não terei por companhia
sombras encarceradas
não ouvirei ruflar
algum tambor
*** //***
a guerra é uma
sucessão de erros
não sabe
do contorcionismo
da ostra
quando germina
a pérola
***//***
Na hora zero
nenhum movimento
somente o som cavernoso
do insolvente silêncio
***//***
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem - tela de Patrícia Van Lubck
Um abraço afetuoso a todos que me visitam !
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Úrsula Avner
© Todos os direitos reservados
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