mãos deslizam sobre o velho teclado
desnudam tons graves e agudos
memórias saltam do passado
descarilam fantasmas mudos
***
a escama do tronco do carvalho
se dissolve na saliva do vento
tulipas anelam chuva de orvalho
a secura da ausência debela o tempo
***
portas e janelas agora ventiladas
são caminhos de uma nova passagem
discreto eflúvio corre na casa da vila
***
no limbo das emoções surtadas
momentos empoeirados renascem
cada canto da casa de novo cintila
***
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do google
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Úrsula Avner
© Todos os direitos reservados
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