Menina Flor

Quando não te doeu aconchegar-te a minh'alma
Vi de tuas asas embrulhadas ecos e vozes nostálgicas.
O que de dormida estava teu encanto vim como vento
Inflar-te a fronte de teu peito , seios , alimento....
Emerges tu de teus mares , redemoinhos , movimentos
Atrás de meus beijos , do olhar dos flertes , negro gato
Dos antigos sentimentos...
Quantas noites a tive em meus braços
Refém das saudades , da busca do coração amigo
Do sonhar comigo , das palavras que escrevo....
Os perfumes do outono me trazem nostalgia das flores,
Longe todas dores ,
Acalenta a estrela de teu ombro ,
Menina-Flor , diminuta , que me inclino a desnudar
Crescente Lua iluminando seios no qual quero contemplar....
Vem distinta Senhora dos quatro pontos cardeais
Nortear tua seiva , pura e trêmula para semente brotar.
Sou o que te espera no fim da jornada , leito e louros
Recomeço e infinito ,chave da ventura ,
Luz , sombra , jardins de tudo que aprendestes amar...
Quando fecho meus olhos não sou nem és,
O vazio se inflama , rosa abissal revela segredos,
Como guerreiro , vim te buscar.