Quando vejo
calo e o êxtase
percorre meu ser
e sou silêncio.
Então,
a vida flui por mim..
Quando escuto
postam-se minhas razões
e são consciência, apenas,
de insignificância.
E o maior por mim
revela-se...
por tudo que não sei,
balbucio como um bebê,
o infinito é meu berço
e tu, verdade...
e tu, amor...
Por onde meu ser entrega-se
no maravilhoso
de fruir-te...
Na tua presença
o caos murmura distante
e é só loucura inventada
na dor
da tua ausência...
Então a vida
readquire decência
e no coração palpita
todo motivo de existir.
Minha alma te abraça
e sendo ninguém, sou tanto
na multidão da praça.
És laço luminoso,
me desatas de mim mesma
para um nó de asas
...reaprendo a voar...
na síntese suprema