Bailarina

Era uma vez que nunca foi,
Num jardim dançava uma ninfa.
Brindava com flores o néctar da vida.
A vida que zombava de si, 
Como criança que nada sabe,
Mas que em tudo crê,
Que tudo espera, 
que nada nega,
Pois tudo ainda lhe sorri.
No seu delírio, no seu sonho,
Na fantasia sempre inacabada
Do dia que brinca de ser noite,
Da poesia que se finge de melodia,
Encantando a brisa, 
se fazendo sopro de vida.
E saindo fugitiva,
mas querendo ser encontrada,
Sorrindo, rindo sem saber
do que e por quê, 
Mas tendo o sorriso satisfeito,
pois que a mente está leve,
mas o coração está repleto.

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