PRESA FÁCIL!






PRESA FÁCIL!
 
 
Ah... Não me peça mais
Do que posso lhe oferecer.
Eu sou assim – a incógnita ambulante
Cambaleando, errante,
Sem saber como e por que...
Apenas sigo
Por onde meus passos me levam
Sem direção...
Sem noção do que procuro,
Perdendo-me no escuro
Dos lugares que passei
Mas eu não sei...
Se vou me encontrar um dia
Ou mergulhar em nostalgia.
 
Sou o avesso do bom senso.
Ando às tontas...
Eu não penso!
 
Amante, apaixonada
Melindrada, egoísta
Sorrateira e calculista.
 
Sou ave de asas quebradas
Que tenta sair do chão...
Arranho o ninho, desesperada,
Em tempo de arribação.
 
Sou presa fácil - sem voar...
E nada posso lhe dar!
 
(Milla Pereira)

Momentos de introspecção e questionamentos: Quem sou... Para onde vou?

Em casa, noite insone...

Milla Pereira
© Todos os direitos reservados