O peito segue inerte e sem respostas
As vidas nada valem, nem seria
A fonte em que se molda uma agonia
Criando com certeza; duras crostas...
 
À postos sem apostas, sigo só,
No quarto de dormir, vagas promessas,
E quando não consegues, recomeças
E o tempo se recicla; pó ao pó.
 
Olhando de soslaio já parece
Que tudo não seria muito bom,
Desafinado sonho perde o tom,
O peito sem respostas obedece...
 
Fazendo tantas contas, nada sobra,
A sorte atocaiada feito cobra...