ÓRFÃOS DE DEUS
Por: William Vicente Borges

Mas diga-me, quem são eles, esses errantes?
Esses que estão perdidos em suas desesperanças?
Que de suas bocas não saem palavras doces
São os Órfãos de Deus.

Mas diga-me, quem são eles, esses beligerantes?
Esses que nunca depõem suas armas
Que nunca pensam em paz
São os Órfãos de Deus.

Mas diga-me, quem são eles, esses cambaleantes?
Cuja alma é dobre, cuja motivação é o ódio?
Que jamais estendem a mão ao aflito
São os Órfãos de Deus.

Mas diga-me, quem são eles, esses desconcertantes?
Esses semeadores de contendas, mexeriqueiros?
Que tem o prazer na desgraça alheia
São os Órfãos de Deus.

Mas há nos braços do Pai o abrigo seguro
Para aqueles que não querem ser órfãos
Pois a ninguém que o busca ele assim deixa
Pois ama, acolhe, transforma, e jamais abandona.

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Verão de 2010